Na mente de Sherlock Holmes – O caso do bilhete escandaloso

Condensado de Plano Crítico, 26/06/2023
Por Luiz Santiago

De tempos em tempos temos a sorte de colocar as mãos em um quadrinho que nos surpreende, encanta, e traz algo diferente para a nossa percepção da Nona Arte, o que sempre resulta numa experiência inesquecível, seja para o bem, seja para o mal. Nesta minissérie francesa publicada em duas partes, entre 2019 e 2021, temos uma representação visual estonteante para um “caso secreto” de Sherlock Holmes, intitulado O Caso do Bilhete Escandaloso. A obra tem roteiro de Cyril Liéron e Benoit Dahan, com todo o projeto artístico concebido por Dahan, que representa em sua arte a visão que a série de Steven Moffat e Mark Gatiss esquematizou para a atividade mental de Holmes, quando está pensando na resolução de um mistério. Ou seja, aquela ideia de “o que se passa na cabeça dele?” está representada neste volume por um rigoroso projeto de diagramação de páginas, seguindo de perto uma pista e conectando-a aos vários espaços mentais no cérebro do grande detetive.

Já na abertura da história, somos brindados com uma estrutura estética que desafia o nosso olhar, fazendo com que fiquemos um tempo maior em cada página, observando os detalhes, as formas sugeridas (porque aqui a arte funciona naquilo que representa, e no formato de desenhos internos, insinuando algo a mais) e o próprio processo de construção do caso por parte de Holmes. O roteiro propositalmente começa com várias possibilidades de investigação, fazendo com que Watson filtre uma porção de coisas a fim de tirar Holmes de seu vício em ópio e cocaína, ao qual ele recorre toda vez que não tem os estímulos necessários para se manter ativo, distraído e utilizando todo o seu potencial mental. Esse status de saúde do personagem acaba fazendo sentido no escopo da história, pois o que vemos nas páginas desse quadrinho, a partir do momento em que a investigação se inicia, é uma febril atividade intelectual, deixando Holmes completamente absorto.

A aventura tem um enredo interessante e discute um problema social que é um espelho de debates intensos em nossos tempos. O Império Britânico ganhou muito dinheiro, incentivou e encabeçou o tráfico de drogas na Ásia (o ópio; na China e na Índia) e via como espetáculo aceitável — assim como diversas outras nações ocidentais –, a exibição de seres humanos de outras etnias, com deficiências físicas ou mentais em espetáculos circenses e derivados, os chamados “freaks“. Racismo e eugenia são discutidos aqui a partir do ponto de vista do vilão, que tinha um impulso correto (o ódio à segregação, ao preconceito dos britânicos), mas que acabou utilizando de diversos meios criminosos para se fazer ouvir. Mais uma vez, um antagonista defendendo uma boa causa por meios questionáveis. É por isso que Holmes demora um pouco para encontrar o caminho correto e colher as pistas deste mistério tão incomum.

Mesmo que eu tenha problemas com a grande quantidade de texto na explicação final, dada pelo vilão sobre como tudo aconteceu, não consigo ver essa obra como um quadrinho inferior a excelente. Claro que o aspecto visual é o maior atrativo do volume, mas há uma conjunção aqui, que deve ser levada em consideração. A introdução e o desenvolvimento do mistério foram pensados de forma muito cuidadosa e colocados nas páginas para nos impressionar a cada novo quadrinho. Na Mente de Sherlock Holmes nos apresenta uma forma diferente de ler HQs, tornando o andamento da trama instigante e constantemente interativo, fornecendo muito mais pistas para o leitor e dando detalhes através de imagens e pequenos títulos em livros e bilhetes. Uma viagem pela mente de um grande detetive da literatura que faz jus àquilo que promete entregar.

Na Mente de Sherlock Holmes (Dans La Tête de Sherlock Holmes: L’Affaire du Ticket Scandaleux) França, 2019 e 2021
Roteiro: Cyril Liéron, Benoit Dahan
Arte: Benoit Dahan
Cores: Benoit Dahan
Editora original: Ankama Éditions (2019 e 2021: Dois Tomos)
No Brasil: Pipoca & Nanquin (Fevereiro de 2023)
Tradução: Fernando Paz
108 páginas

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‘Watson’: Parceiro de Sherlock Holmes será protagonista de nova série

Drama médico está sendo produzido pela emissora norte-americana CBS

Condensado de O Estado de São Paulo, 05/10/2022
Por Julia Queiroz

O Dr. John Watson, parceiro fiel do detetive Sherlock Holmes, vai ganhar uma série própria. Um drama médico que terá o personagem como protagonista está sendo produzido pela emissora norte-americana CBS.

De acordo com o site Deadline, o seriado está sendo escrito por Craig Sweeny, que foi produtor executivo de Elementary, produção que apresenta uma versão contemporânea do famoso detetive.

Watson se passará um ano após a morte de Holmes pelas mãos de seu inimigo, o Professor Moriarty. O protagonista volta a se dedicar à carreira médica, tratando pacientes com doenças raras, mas a sua vida antiga não o deixará de lado e ele precisará ser o próximo a enfrentar o vilão.

A série é mais uma das muitas adaptações do trabalho do autor britânico Arthur Conan Doyle. Até o momento, ainda não foram divulgadas informações sobre o elenco ou data de estreia.

No Brasil, é possível que a série chegue pela Paramount+, já que a CBS Studios é uma subsidiária da Paramount Global. O serviço de streaming chegou ao País em 2021.

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O ‘truque da memória’ de Sherlock Holmes e como ele funciona

Novo estudo indica que o palácio da memória de Sherlock Holmes ajuda nas memórias duráveis — e que quase qualquer um pode aprender a usar o método de loci

Condensado de Exame, 30/04/2022
Por Laura Pancini

O personagem fictício de Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, consegue se lembrar de tudo graças ao “palácio da memória”. Recentemente, pesquisadores descobriram que o método, que teve origem na Grécia Antiga, vai muito além da ficção e pode realmente ajudar as pessoas com memórias duradouras.

“Ficamos fascinados com a forma como é possível esse desempenho extraordinário da memória”, disse a principal autora do estudo, Isabella Wagner, neurocientista cognitiva da Universidade de Viena.

Como funciona o palácio da memória de Sherlock Holmes?

O “palácio da memória” é, na verdade, algo chamado técnica mnemônica, ou “método de loci”.

No método de loci, as pessoas navegam mentalmente por um espaço familiar. Para lembrar de alguma informação no futuro, a pessoa “deixa” a memória em algum lugar no caminho e, depois, refaz os passos para pegá-la.

Se alguém é familiarizado com o Parque Ibirapuera em São Paulo, por exemplo, ele pode deixar a palavra “livro” no Planetário, “garrafa d’água” no Museu da Arte Moderna (MAM) e “mercado” na Oca. Assim, se a pessoa deseja lembrar das palavras, ela pode refazer os passos exatos dentro do parque imaginário.

Esse método é utilizado para lembrar quantidades excessivas de informações, como séries de dígitos, baralhos de cartas ou listas de palavras.

De acordo com um dos autores do estudo, misturar lugares conhecidos com informações novas é uma técnica muito poderosa para aumentar a memória. Quase qualquer um pode aprender a usar o método dos loci, disse ele.

“Obviamente, requer tempo e prática regular e, portanto, pode não ser adequado para todos, mas é definitivamente possível ‘aumentar’ a memória e alcançar um desempenho de memória alto, ou mesmo excepcional”.

Como foi feito o estudo?


A equipe por trás do estudo encontrou 17 “atletas de memória”, que foram classificados em competições, e outras 16 pessoas que correspondiam aos atletas em características como idade e inteligência.

Os pesquisadores fizeram exames de ressonância magnética funcional (fMRI) do cérebro dos participantes enquanto eles estudavam palavras aleatórias em uma lista. Depois, os participantes analisaram três palavras por vez e respondiam se elas estavam na mesma ordem da lista original.

Na segunda parte do estudo, 50 pessoas foram recrutadas para aprender o método de loci do zero. Mas eles foram divididos em três grupos: um aprendeu o “palácio da memória de Sherlock”, outro aprendeu uma tática diferente de memória e o último não foi treinado de forma alguma.

Os cérebros foram escaneados com fMRI antes e depois do procedimento, como na primeira parte do estudo, e o mesmo exercício das três palavras foi feito.

Assim, a equipe conseguiu medir quem teria “memórias fracas” e quem teria “memórias duráveis”, que ainda são lembradas mesmo após 24 horas. Os pesquisadores testaram os participantes uma última vez, quatro meses depois.

Quais foram os resultados do estudo?

Participantes que treinaram com o método de loci mostraram uma memória melhor e mais duradoura em comparação com os outros métodos.

Curiosamente, aqueles que treinaram com a segunda técnica não tiveram um aumento significativo nas memórias de curto prazo, mas sim nas duráveis.

As pessoas treinadas com o método de loci lembravam cerca de 62 palavras da lista após 20 minutos, enquanto as treinadas com o outro método lembravam 41 e as não treinadas lembravam 36.

Após 24 horas, as pessoas que foram treinadas com o método de loci lembraram cerca de 56 palavras, contra 30 e 21 nos outros dois grupos, respectivamente.

Quatro meses depois, as pessoas treinadas com o método dos loci conseguiam lembrar cerca de 50 palavras, contra 30 e 27, respectivamente.

Algo inesperado que foi identificado pela equipe foi que, durante os exercícios, a atividade nos cérebros dos participantes diminuiu em áreas envolvidas no processamento da memória e na memória de longo prazo.

Em outras palavras, eles descobriram que menos ativação cerebral levou a uma melhor memória, o que pode ser porque o método de loci leva o cérebro a trabalhar com mais eficiência, disse um dos autores do estudo.

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Sherlock Holmes redivivo

O livro Moriarty, do escritor inglês Anthony Horowitz, é uma trama misteriosa, com personagens críveis, e desfecho surpreendente

Condensado de Fundação Astrojildo, 26/04/2022
Por André Amado

Conheci Anthony Horowitz por dois vídeos. Foyle’s War, uma série que tem como cenário a Segunda Guerra, vista de uma pequena cidade do interior da Inglaterra, que tenta descrever e analisar como a população se posicionava quanto à eventualidade de uma invasão alemã, que se acreditava iminente. Até hoje, busco, sem êxito, a série na minha estante para rever, entre outros, o segundo capítulo, particularmente fascinante. O segundo vídeo, de apenas dois discos, Collision, centra-se num acidente de carro em uma estrada inglesa que envolve vários motoristas. A companhia de seguro, a quem caberá cobrir todas as despesas estimadas, decide promover investigação particularmente cuidada, no curso da qual se revelam perfis e histórias impactantes, confluindo tudo num desfecho surpreendente e, portanto, inesperado.

Essas credenciais de Horowitz já o recomendavam, quando em minha última visita à Barnes & Nobles, de West Harrison, NY, deparei com livros do autor. O primeiro bastava como tentação. O título era Moriarty, que todo leitor aficionado por história policial sabe tratar-se do Professor James Moriarty, terrível criminoso que Sherlock Homes persegue obstinadamente. Mais ainda, o mesmo leitor pode saber também que Conan Doyle fazia parte de um grupo de escritores que considerava os romances policiais como forma inferior de literatura (“low-brow litterature”) e aspirava a produzir obras de alto nível literário (“high-brow litterature”), razão por que decide se livrar da dupla, Holmes e Moriarty, afogando-os na cachoeira Reichenbach, em Meiringen, na Suíça, como resultado de um duelo malsucedido entre os dois, descrito em “O problema final”.

Moriarty tinha, portanto, motivos de sobra para atrair um leitor, como eu, interessado em verificar o que Horowitz se dispusera a explorar diante de pano de fundo tão terminativo, vale dizer, mortos, sem dúvida, os protagonistas centrais de toda essa história. Alguns chegaram a ouvir que, a despeito das veleidades literárias de Doyle, a reação dos fãs de Holmes fora tamanha que ele teve de ressuscitar pelo menos Sherlock Holmes em uma coleção de contos, “Casa vazia”, assinados por John Watson, o inseparável companheiro do célebre detetive inglês.

Assim mesmo, esse sopro adicional de vida a Sherlock não se qualificava como matéria literária capaz de entreter os leitores nas 320 páginas que restavam, depois dos referidos nas 30 páginas iniciais do livro. O que Horowitz ainda teria a dizer, então?

O pretexto narrativo para romantizar as relações entre Sherlock Holmes e Moriarty veio pela investigação que Frederick Chase, alto funcionário da firma americana Pinkerton Detective Agency, sediada em Nova York, se dispôs a conduzir na Europa, para elucidar a morte de Jonathan Pilgrin, enviado pelo dito escritório nova-iorquino de detetives, para se infiltrar nas gangues de Moriarty. Foi barbaramente assassinado, e Chase apostava ter dedo do bandido. Mas, tão logo chegou à Europa, a notícia da morte dupla de Holmes e Moriarty na cachoeira suíça desviou sua atenção, para se concentrar no paradeiro do bandido nova-iorquino. Não tardou a descobrir que, com a morte anunciada de Moriarty, um fora da lei inglês, chamado Clarence Devereux, se apropriara do espólio do americano – tampouco no universo do mundo do crime tampouco existe vácuo de poder – e estava levando a polícia inglesa à loucura. Chase tanto faz que chega a se associar a Athelmy Jones, detetive da Scotland Yard, para dar prosseguimento às investigações.

Segue-se daí uma história policial, como se tivesse sido escrita pelo próprio Sherlock Holmes, de quem o inspetor britânico é leitor voraz. A trama é muito bem construída, os personagens são críveis e convincentes, os mistérios se acumulam e, de repente, vem o desfecho, que não há maneira de eu adiantar. Seria uma maldade, o spoiler do ano, ou do século. Quem quiser conferir que o faça. Não vai se arrepender. Se for admirador de Sherlock Holmes, então…

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“Parasita” escrito em 1894 por Arthur Conan Doyle – o audiolivro chega à plataforma de streaming Tocalivros

Condensado de Cultura 360, 28/09/2021
Da redação

Novela do criador de Sherlock Holmes perpassa o antagonismo entre ceticismo x ocultismo sob o ponto de vista de um cientista descrente.

Situações antagônicas: o ceticismo e o ocultismo, sob o ponto de vista de um estudioso da relação entre a mente e a matéria, fazem parte do enredo eletrizante do conto Parasita. Escrito em 1894 por Arthur Conan Doyle, o audiolivro chega à plataforma de streaming Tocalivros, pelo selo Tocalivros Clássicos.

Austin Gilroy estuda fisiologia e conhece um professor que pesquisa o ocultismo. O jovem é apresentado a uma mulher de meia-idade conhecida como senhorita Penclosa, que tem poderes psíquicos e é esposa do professor. Agatha, a noiva do cético Gilroy, é colocada em transe para provar os poderes da antagonista, que também pratica os poderes no cientista. O resultado dos transes hipnóticos é o despertar do melhor e do pior de Gilroy.

Relatada em forma de diário, o cientista registra os pensamentos e narra o que aconteceu em cada dia. Ele chega à conclusão de que a mulher é um “parasita” com a intenção de se alojar no seu sistema nervoso e controlá-lo. Angustiado, luta contra Penclosa e promete vingança. A obsessão inimaginável é relatada com um texto envolvente, surpreendente e que incorpora o ouvinte nos tormentos do cientista.

A novela de 31 capítulos foi ambientada em ações de áudio com tecnologia binaural e trouxe uma nova característica: as palavras usadas pela senhorita Penclosa para hipnotizar suas vítimas estão em 360 graus, o que permite uma experiência totalmente nova. “A personagem fala diretamente na mente do ouvinte para que este seja um participante da história. As vozes adicionais dão a sensação de quem escuta estar ouvindo os mesmos sons que deixam o personagem principal louco. Um jogo sonoro no qual o ouvinte é um participante direto da ação”, aponta Clayton Heringer, produtor artístico da Tocalivros.

Ficha Técnica
Título: Parasita
Escritor: Sir Arthur Conan Doyle
Editora: Vermelho Marinho
Produtora: Tocalivros Studios
Selo: Tocalivros Clássicos
Duração: 2h04min31seg
Narradores: Thiago Ubaldo e Priscila Scholz
Data de Lançamento: 24/09/2021
Valor: R$ 40,00 (ou R$ 14,90 na assinatura ilimitada)
Link de venda: https://bit.ly/parasitaconandoyle

Sobre o autor: Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), autor das famosas histórias do detetive Sherlock Holmes teve uma obra extensa e também ligada ao ocultismo, da qual “Parasita” faz parte. Passou a se dedicar ao espiritualismo em 1887, mesmo ano da publicação de “Um Estudo em Vermelho”, primeira obra do ciclo de Sherlock Holmes.

Sobre o narrador: Thiago Ubaldo, ator, bacharel formado pela Faculdade Paulista de Artes em 2008. Trabalhou com renomados diretores do teatro brasileiro, como Roberto Vignati e Fernando Neves. Também se formou em atuação para Cinema e Tv pela Academia Internacional de Cinema em 2017.

Sobre a narradora: Priscila Scholz iniciou sua carreira em 1997. Como atriz já participou de inúmeros espetáculos adultos e infantis, e diversas produções de audiovisual. Sócia na empresa SóRiso Produções Teatrais Ltda., onde produz, dirige e cria peças teatrais. Componente do Coletivo Flama e da Cia. Ópera do Mendigo.

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Montblanc lança coleção que homenageia Sir Artur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes

Condensado de Bahia Social Vip, 22/07/2021

Com sua edição Escritores, a Montblanc homenageia a criatividade e a influência cultural de algumas das maiores figuras literárias do mundo. Entre esses grandes escritores está o escocês Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), mais conhecido pelas 60 histórias que escreveu sobre Sherlock Holmes, o amado detetive de ficção.

Embora Doyle tenha se formado em medicina e atuado como médico, sua paixão por contar histórias produziu um volume de trabalho que inclui cerca de 200 romances, contos, poemas, livros históricos, bem como panfletos. Seu espírito de aventura e exploração o levou a lugares distantes, incluindo o Ártico e a África, onde ele se ofereceu como médico durante a Guerra dos Bôeres, escrevendo uma crônica que lamentava as deficiências das forças britânicas e lhe rendeu o título de cavaleiro do Rei Edward VII pelos serviços prestados à Coroa. Mais tarde, ele voltou seu foco para o espiritismo, tornando-se um dos mais fervorosos apoiadores do movimento.

A nova coleção Montblanc Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle é inspirada nos muitos contos do detetive Sherlock Holmes e na vida extraordinária de seu criador, com detalhes de design contando histórias que cativaram leitores por gerações. Conhecido como um dos instrumentos essenciais para qualquer detetive na solução de um crime ou mistério, o clipe de cada uma das edições tem o formato de uma lupa em homenagem ao grande Sherlock Holmes. A excepcional semelhança do autor encontra-se gravada em todas as penas de cada uma das quatro edições que integram a coleção, acompanhada de um elemento especial da história do tema da respectiva edição.

Montblanc Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle Writers Edition

Feita de resina preciosa com acessórios revestidos de rutênio, a tampa e o corpo da Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle são decorados com um padrão baseado em um tartan original de Sherlock Holmes. bem como trechos de um antigo mapa das ruas da Londres vitoriana, destacando a “Upper Wimpole Street”, onde Doyle tinha seu consultório médico, e “Baker Street”, a residência de Sherlock Holmes. O tom cinza escuro da resina evoca as ruas escuras e enevoadas de Londres, frequentemente descritas nos mistérios de Sherlock Holmes.

• “JB” por trás do clipe é uma referência a Joshua Bell, professor de medicina de Doyle, um mestre em dedução e diagnóstico que foi a inspiração para o personagem de Sherlock Holmes.
• Um ponto vermelho laqueado acima da lupa representa um oftalmoscópio do século 19, referência à área médica em que se Doyle se especializou.
• A pena de ouro maciço Au750 com revestimento de rutênio traz gravado com um retrato do autor e dinossauros Pterodactyl de The Lost World, um romance de ficção científica sobre uma expedição a um planalto na bacia amazônica onde animais pré-históricos sobreviviam.
• Anel de tampa decorado com a assinatura de Doyle, o símbolo da videira da capa de A Study in Scarlet, a primeira história a apresentar Sherlock Holmes e a data em que os editores escreveram para ele sobre a obtenção dos direitos autorais: “30 de outubro de 1886”.

Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle Limited Edition 1902

Uma homenagem às histórias de Sherlock Holmes em laca marrom escura que lembra o cachimbo do detetive, o número limite de 1.902 canetas-tinteiro e 1.902 rollerballs para a Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle Limited Edition 1902 é uma referência à data de publicação de The Hound of Baskervilles, um dos mais famosos romances de Sherlock Holmes. 1902 também foi o ano em que Doyle foi nomeado cavaleiro pelo rei.
• Tampa e corpo em laca marrom apresentam o mapa das ruas de Londres com “Victoria Street”, onde a livraria de Doyle – Psychic- estava localizada, e “Baker Street”, a residência de Sherlock Holmes, bem como o padrão tartan.
• O alto da tampa e o cone do instrumento de escrita feito em madeira, evocando o cachimbo de Holmes.
• Feita de Super-LumiNova®, a silhueta de um cão de The Hound of the Baskervilles se esconde atrás do clipe e brilha no escuro.
• Pena em ouro maciço Au750 revestido com ródio com gravação especial de Sir Arthur Conan Doyle e uma lupa.
• Anel da tampa decorado com a assinatura do autor, a logo de de A Study in Scarlet, e a data em que ele abriu a livraria Psychic em Londres, com sua esposa: “Fevereiro 1925”.

Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle Limited Edition 97

O número de limitação da Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle Limited Edition 97 é uma referência a 1897, o ano em que a Casa “Undersaw” de Sir Arthur Conan Doyle, em Surrey, foi concluída. Foi nesta casa de família que o escritor escreveu muitas de suas obras mais importantes, incluindo The Hound of the Baskervilles. A edição apresenta uma sobreposição esqueletizada de ouro branco maciço Au 750 em diferentes campos de laca translúcida, inspirados nos vitrais de Undershaw.
• Corpo com o desenho do mapa das ruas de Londres e padrão tartan apresentando a “Victoria Street”, onde Doyle e sua esposa abriram sua livraria psíquica.
• Clipe de lupa móvel com as iniciais do autor encontradas nos vitrais de Undershaw.
• Tampa gravada com A NEW STEP INTO THE UNKNOWN, um artigo escrito por Doyle sobre o Espiritismo e decorado com um anel removível inspirado em um pêndulo sidérico, um meio de comunicação para os espíritas.

• Pena de ouro maciço Au750 revestida de ródio e rutênio com a gravação de um retrato de Conan Doyle e um mastro de navio do conto The Captain of the Pole Star
• O anel da tampa apresenta a assinatura de Doyle, o símbolo da videira e a data de publicação de Pheneas Speaks, um livro que descreve as comunicações que Doyle teve com os espíritos: “21 de março de 1927”.

Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle Limited Edition 8

Doyle experimentou o espírito da exploração no início de sua vida quando, com apenas 20 anos de idade, foi oferecido o posto de cirurgião de um navio baleeiro que partia para o Círculo Polar Ártico. A tampa e o corpo da Writers Edition Sir Arthur Conan Doyle Limited Edition 8 são adornados com icebergs tridimensionais em ouro branco Au 750, cercados por laca azul translúcida que lembra as águas geladas do Ártico.
• O clipe de ampliação móvel revela as iniciais “ACD” em laca vermelha, como mostrado em um vitral em sua House Undershaw, com uma safira única adornando o topo do clipe.
• Emblema Montblanc em pavê de diamante coroa o instrumento de escrita, com o anel superior da tampa com a gravura I CAME OF AGE AT 80º NORTH LATITUDE escrita pelo autor em seu diário no dia de seu 21º aniversário.
• Anel da tampa com a assinatura de Doyle, a videira do logotipo de A Study in Scarlet e a data de publicação de The Captain and the Pole Star: “Janeiro de 1883”
• Cone com a gravação September 11th. – Lat 81º N.; long. 2º. a localização de enormes campos de gelo, relatados no conto The Captain and the Pole Star .
• Pena de ouro branco maciço Au 750 adornada com a gravura em amarelo de Sir Arthur Conan Doyle e um mastro de navio do The Captain of the Pole Star
Para completar a homenagem ao grande Sir Arthur Conan Doyle, a Montblanc está apresentando uma seleção de acessórios de escrita. Um caderno de papelaria fina feito de veludo com um mapa das ruas de Londres e a assinatura de Sir Arthur Conan Doyle. Uma tinta de cor vermelha em um frasco de vidro é inspirada no primeiro romance de Sherlock Holmes, A Study in Scarlet. Uma porta-canetas gravado com um mapa das ruas de Londres e o padrão tartan completam o coleção.

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Arsène Lupin vs Sherlock Holmes: o embate que enfureceu Arthur Conan Doyle

Condensado de Omelete, 14/06/2021
Por Mariana Canhisares

Gênios à sua maneira, ladrão e detetive viraram arqui-inimigos nos contos de Maurice Leblanc, mesmo depois do autor britânico recorrer à justiça

Zahar / Divulgação

Arsène Lupin e Sherlock Holmes parecem lados opostos da mesma moeda. Ainda que ambos sejam elegantes e dotados de habilidades de observação e dedução bem acima da média, cada um usa seus conhecimentos para objetivos diferentes: um comete crimes, o outro os resolve. Ou, como mesmo define o ladrão de casaca no conto A Lâmpada Judaica, enquanto um é “um gênio bom que socorre e salva”, o outro é um “gênio mau que traz o desespero e as lágrimas” — adivinha qual das definições Lupin adotou para si.

Independentemente da sua preferência como fã, é fato que o encontro de duas personalidades tão excêntricas é motivo para empolgação. Tome como exemplo as reações de Assane (Omar Sy) e do detetive Guedira (Soufiane Guerrab) toda vez que mencionam o duo na parte 2 de Lupin — e, se você já terminou essa nova leva de episódios, sabe que não são poucas as referências. No entanto, em 1906, quando os personagens se encontraram pela primeira vez, essa resposta positiva não foi unanimidade. Ao menos uma pessoa ficou muito irritada: ninguém mais, ninguém menos que Arthur Conan Doyle.

Já naquela época, não era segredo que o autor francês Maurice Leblanc usara Sherlock Holmes como uma das suas inspirações para criar seu famoso ladrão atrevido. Afinal, quando Arsène Lupin surgiu nas páginas da revista Je Sais Tout, em 1905, o detetive da Baker Street fazia muito sucesso no mundo todo, inclusive na França. Tanto que, não muito tempo antes, Conan Doyle fora obrigado a trazê-lo de volta em O Cão dos Baskervilles tamanho clamor do público. Ou seja, tentar surfar nessa onda era uma estratégia bastante esperta, e Leblanc não demorou muito para incluí-lo no universo de Lupin.

Em Sherlock Holmes Chega Tarde Demais, uma das primeiras histórias do ladrão de casaca, ambos os personagens se debruçam sobre o mesmo mistério. No entanto, é o jovem Lupin quem leva a melhor. Aliás, mais do que isso. Ele humilha seu adversário ao roubar seu relógio e devolvê-lo com um cartão de visitas, uma situação que desagradou e muito a Conan Doyle. O escritor decidiu levar o caso à justiça e, nessa disputa, foi o britânico quem saiu vencedor, obrigando Leblanc a mudar o nome do personagem.

Zahar / Divulgação

Mas, se Conan Doyle esperava intimidar Leblanc com o processo e impedi-lo de publicar novas histórias usando sua criação, o escritor saiu bastante frustrado. No ano seguinte, quando o francês lançou a hoje famosa coletânea Arsène Lupin, Ladrão de Casaca, o detetive foi rebatizado para Herlock Sholmes. Pois é, o autor francês sequer tentou disfarçar. Não bastasse isso, o detetive da Baker Street voltou a dar as caras em outros três livros do ladrão, Arsène Lupin contra Herlock Sholmes, A Agulha Oca e 813. Quer dizer, a versão paródica dele, que morava na Parker Street e tinha como melhor amigo e companheiro de aventuras um homem chamado Wilson.

O descaramento de Leblanc foi tanto que, no conto A Mulher Loura, publicado entre 1906 e 1907, o francês chegou a escrever:


“[…] nos perguntamos se ele mesmo, esse Herlock Sholmes, não é um personagem lendário, um herói expelido do cérebro de um grande romancista, de um Conan Doyle, por exemplo.”


Contudo, por mais afrontosa que pareça a postura do autor francês, ele era um fã de Conan Doyle. Quando o britânico morreu, em 1930, Leblanc escreveu uma homenagem, em que o elogiava enquanto contador de histórias. No texto, ele diz que é “infinitamente preferível” ter a habilidade de inventar as façanhas de um detetive do que realmente ser capaz de desvendar qualquer mistério e, convenhamos, não há dúvidas de que Conan Doyle era um expert em criar casos criativos e inusitados para seu famoso investigador. Essa admiração, ainda que acompanhada de ironia, pode ser sentida até nos contos de Arsène Lupin contra Herlock Sholmes. Porque, não importa quantas peças Lupin pregue em Sholmes, ele sempre se dirige a ele como “meu mestre”.

Como bem explica o ladrão de casaca em A Lâmpada Judaica, não há vencedor, nem vencido em um embate entre Lupin e Sherlock Holmes. Ambos podem reivindicar triunfos. Um raciocínio semelhante se aplica também à disputa entre Leblanc e Conan Doyle, com um porém: gerações de leitores se beneficiaram não apenas com as obras que escreveram, como com as que inspiraram e continuam a inspirar tantos anos depois. A série da Netflix Lupin certamente não é a última delas.

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A vez em que o autor de ‘Sherlock Holmes’ virou detetive na vida real

Condensado UOL, 26/02/2021

O britânico Sir Arthur Conan Doyle, criador do personagem Sherlock Holmes, até hoje um ícone do romance policial, já chegou a atuar como detetive e quase solucionou um crime na vida real.

A história foi revelada no novo livro da autora de origem indiana Shrabani Basu, intitulado “O Mistério do Advogado Persa” (em tradução livre). Jornalista e escritora, Basu é conhecida pelo livro “Victoria e Abdul: o Confidente da Rainha“, que inspirou o filme indicado ao Oscar.

Em 1907, Doyle já era um escritor famoso quando o jovem advogado George Edalji, de 27 anos, lhe escreveu uma carta pedindo sua ajuda.

Edalji, que era de origem indiana e filho de um pastor convertido, afirmava estar preso injustamente. Ele era acusado de mutilar animais em seu vilarejo e escrever cartas com ameaças.

Edalji vivia na cidade inglesa de Great Wyrley, de apenas 11 mil habitantes. Os moradores estavam assustados com ataques misteriosos a seus animais, que ocorriam durante as madrugadas.

O condenado acabou sendo preso, acusado de esfaquear cavalos, ovelhas e vacas durante a noite, além de deixar cartas ameaçadoras. Mas, após sua prisão, os ataques continuaram.

Foi então que Edalji escreveu ao Sir Arthur Conan Doyle, cujos livros lia na prisão. Descrente da polícia e da justiça, Edalji recorreu ao escritor para que tentasse solucionar o caso e inocentá-lo.

Já conhecido na época, o escritor recebia centenas de pedidos de ajuda para investigações. Mas essa particularmente chamou sua atenção.

Primeiro, ele mostrou provas de que Edalji não enxergava bem, o que dificultaria os ataques a animais no meio da noite.

Visitando as cenas dos crimes e entrevistando testemunhas, Doyle percebeu que a polícia tinha sido racista ao prender Edalji e que as investigações continham uma série de erros.

A lama encontrada nas botas de Edalji eram da cor errada e as amostras de sangue e pelo de cavalo encontradas supostamente em suas roupas não batiam com os animais esquartejados.

Graças a uma campanha na imprensa iniciada por Doyle, Edalji foi inocentado e o caso foi levado à corte criminal do país.

Ainda assim, nada foi resolvido. Na época, a polícia se recusou a investigar o suspeito apontado por Doyle: Royden Sharp, um conhecido falsificador de caligrafia, condenado por provocar um incêndio e cortar assentos de trem com faca.

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Os Irregulares de Baker Street: Série do universo de Sherlock Holmes ganha teaser

Condensado de Terra, 21/02/2021
Por Adrienne Tyler

A Netflix divulgou as primeiras fotos e o teaser de “Os Irregulares de Baker Street” (The Irregulars), que explora cenas de terror explícito e a ligação da série com o universo do escritor Arthur Conan Doyle, com destaque especial para o célebre endereço da rua Baker, número 221b, em Londres. Trata-se, claro, da residência de Sherlock Holmes.

Ao contrário de “Sherlock”, a série não traz Holmes como protagonista, focando-se no grupo do título, detetives amadores que são quem realmente resolve os famosos mistérios de Sherlock Holmes, embora o ilustre morador da Baker Street costume levar os créditos sozinhos.

O grupo não é invenção recente, como “Enola Holmes”. É uma criação legítima de Doyle, aparecendo nos livros do século 19 como a versão do escritor para os delinquentes dickensianos de “Oliver Twist”. Eram trombadinhas que trabalhavam como espiões de Sherlock Holmes em troca de moedas, liderados por um menino mais velho chamado Wiggins.

Eles apareceram pela primeira vez em “Um Estudo em Vermelho” (1887). E ganharam mais destaque no romance seguinte, “O Signo dos Quatro(1890), que trazia um capítulo intitulado “Os Irregulares de Baker Street“, que batiza a série.

“The Irregulars” (título original) toma grande liberdade em relação à versão literária para incluir mulheres e minorias raciais entre os detetives amadores, além de preferir tramas de terror aos mistérios de crimes que geralmente são investigados por Holmes. Além disso, são apresentados na série como verdadeiros detetives e não apenas fontes de informação, enquanto Holmes tem a reputação questionada.

Outra mudança, cada vez mais comum nas produções atuais, foi a troca na raça de um dos protagonistas: o Dr. Watson, parceiro constante de Sherlock Holmes.

A série é uma criação do roteirista Tom Bidwell (criador de “My Mad Fat Diary”) e traz Henry Lloyd-Hughes (“O Cavalo Amarelo”) como Sherlock, Royce Pierreson (“The Witcher”) como Watson, Aidan McArdle (“O Gênio e o Louco”) como Inspetor Lestrade e os jovens Thaddea Graham (“Carta ao Rei”), Darci Shaw (“Judy: Muito Além do Arco-Íris”), Jojo Macari (“Sex Education”), McKell David (“Snatch: Um Novo Golpe”) e Harrison Osterfield (“Mundo em Caos”) como os Irregulares.

A estreia está marcada para 26 de março.

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Sherlock Holmes: gameplay oficial do Capítulo Um é revelada

Condensado de TecMundo, 15/02/2021
Por André Luis Dias Custodio

Durante a Apresentação de Primavera da Epic Games Store realizada nesta quinta-feira (11), a desenvolvedora Frogwares revelou o primeiro teaser de gameplay do Capítulo Um de Sherlock Holmes, mostrando alguns dos principais elementos de investigação e combate que estarão presentes no game.

Sherlock Holmes promete ser o game de investigação criminal mais completo já lançado, levando os jogadores a controlarem a versão jovem do detetive enquanto desvendam mistérios e assassinatos em uma cidade cheia de segredos. No game, será preciso estar atento à cada pista e detalhe, já que apenas a junção das peças revelará a história real por trás das missões.

O título irá contar com ação dinâmica, sendo possível fracassar nas missões ao apontar suspeitos errados ou deixar os casos sem solução, e mesmo assim prosseguir na campanha. A Frogwares também confirmou que o game deverá ter uma jogatina com durabilidade maior do que 50 horas, incluindo a história principal — de 10 a 15 horas — e uma enorme variedade de missões secundárias.

No trailer pode-se observar também alguns dos outros elementos presentes no título, incluindo análises de corpos, exploração livre pela cidade e um combate corpo a corpo pontual que deverá aparecer apenas em alguns momentos do jogo. Confira o vídeo abaixo.

Sherlock Holmes: Capítulo Um será lançado para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S/X e PC, ainda sem data prevista.

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